BERNARDES & JACOBSEN ARQUITETURA
ENTRE A MADEIRA E A ALVENARIA, O MAR.
ENTRE A MADEIRA E A ALVENARIA, O MAR.
"Dois volumes superpostos conformam a casa em Natal concebida pela equipe de Bernardes & Jacobsen Arquitetura. Externamente, a edificação é delimitada por abrigo de pé-direito duplo, um pórtico feito com empenas de alvenaria e malha estrutural metálica, enquanto internamente a organização se dá por meio de uma caixa de madeira. É uma casa pequena se comparada com os projetos usuais no portfólio do escritório, e, por isso, interessante registro de sua produção.
Os espaços híbridos - dentro/fora -, a retícula estrutural exposta, as superfícies contínuas de um mesmo material, quase sempre a madeira, e a luminosidade onipresente: a residência na capital do Rio Grande do Norte traz todos os indícios de que, mesmo no limite da ocupação do lote - um terreno em declive localizado em condomínio particular, perto do centro da cidade -, Paulo Jacobsen, Thiago Bernardes e Bernardo Jacobsen favorecem a interação do edificado com o natural ou aberto, de modo a potencializar a escala aparente da construção.
Há um tal jogo de contrastes entre pés-direitos, proporções de ambientes ou materiais, além do cuidadoso planejamento da iluminação natural (por vezes contínua, por vezes semitransparente), que a casa parece estender-se horizontal ou verticalmente além dos seus próprios limites. Uma qualidade recorrente no trabalho dos arquitetos e que, neste caso, deriva da adoção de um partido radical em termos de isolamento doméstico.
Metade da casa, assim, é transparente, como se a construção funcionasse como somatório de ambientes sombreados pela casca em pórtico, que não interrompem o terreno com sua massa edificada.
No térreo, toda a porção direita é uma sala de estar de dupla altura e caixilhos envidraçados, através da qual se comunicam a frente e os fundos do lote.
Já da rua, tem-se a deslumbrante vista do mar, para a qual está voltado também o pavimento inferior, dedicado aos quartos de hóspedes e espaços de serviço.
Dois rebaixos apenas - um espelho d’água e uma piscina - resguardam os acessos externos ao estar do térreo, conformando ambientes intermediários junto às extremidades longitudinais da edificação.
Eles são qualificados pela iluminação filtrada pelo ripado de cumaru que os recobre, assim como pelo vão total junto ao terraço posterior, decorrente do atirantamento de um dos vértices do pavimento superior."
Há um tal jogo de contrastes entre pés-direitos, proporções de ambientes ou materiais, além do cuidadoso planejamento da iluminação natural (por vezes contínua, por vezes semitransparente), que a casa parece estender-se horizontal ou verticalmente além dos seus próprios limites. Uma qualidade recorrente no trabalho dos arquitetos e que, neste caso, deriva da adoção de um partido radical em termos de isolamento doméstico.
Metade da casa, assim, é transparente, como se a construção funcionasse como somatório de ambientes sombreados pela casca em pórtico, que não interrompem o terreno com sua massa edificada.
No térreo, toda a porção direita é uma sala de estar de dupla altura e caixilhos envidraçados, através da qual se comunicam a frente e os fundos do lote.
Já da rua, tem-se a deslumbrante vista do mar, para a qual está voltado também o pavimento inferior, dedicado aos quartos de hóspedes e espaços de serviço.
Dois rebaixos apenas - um espelho d’água e uma piscina - resguardam os acessos externos ao estar do térreo, conformando ambientes intermediários junto às extremidades longitudinais da edificação.
Eles são qualificados pela iluminação filtrada pelo ripado de cumaru que os recobre, assim como pelo vão total junto ao terraço posterior, decorrente do atirantamento de um dos vértices do pavimento superior."
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